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Cacequi sem Crack

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Sua Família Livre do Crack

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L.R.A. tem 14 anos e vai ser pai em breve – a namorada está grávida de sete meses. Aos 8 anos, abandonou a casa do pai no Complexo do Alemão para se aventurar na rua. “Não consigo ficar preso em casa, gosto de dar um rolé”, justifica. Perambulando pelas vias, traçou o mesmo destino de tantos outros que vão para as ruas: iniciou-se no mundo das drogas, dos roubos e furtos.

Passou pela maconha e pelo thinner, até chegar a mais devastadora das drogas: o crack, que vicia já na primeira vez. “Nunca usei crack”, nega ele, com dificuldades de admitir que a droga o controlava.

Fora da escola desde o quinto ano do ensino fundamental, quando foi expulso por cheirar thinner, ele garante querer recuperar o tempo perdido: “Não tinha nada de bom”. Hoje, L. completa 11 dias de internação compulsória na Casa Viva, em Laranjeiras, a primeira a funcionar de acordo com a nova regulamentação, publicada no último dia 30 no “Diário Oficial do Município”.

Obrigatoriedade

A norma determina que menores apreendidos em “cracolândias” fiquem internados para tratamento médico, mesmo contra sua própria vontade ou a de seus familiares. Essa foi a solução encontrada pela prefeitura para tentar diminuir a crescente devastação da droga e do número de viciados.

“É a única solução, mas só internar não resolve. O grande desafio é a reinserção social depois. Mas, sem essa internação, não há como livrar a criança da droga”, defende o secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem.

Na Casa Viva, de dois andares e três quartos, há oito internados – uma menina apenas. A rotina para tentar livrá-los da droga não é nada fácil. “Temos que usar medicação de suporte pelo estado emocional em que chegam: agressividade, depressão e, muitos, ainda em quadro alucinatório”, conta a médica Dalva Bacalhao.

Entre os internados, de 11 a 14 anos, o que tem o menor tempo de vício já fuma crack há um ano e meio. Diariamente, os funcionários se deparam com a “fissura”. “Quando têm crise de abstinência, ficam agressivos e temos de medicá-los se houver risco à integridade física de alguém”, diz Dalva.

Dura rotina

Além de se verem obrigados a ficar longe do crack, eles voltam a ter uma rotina de casa. Fazem seis refeições por dia e passam a viver sob regras. “É difícil. Nas ruas, eles são donos de si. Colocamos até um saco de boxe no terraço para eles socarem quando estão agressivos e inquietos”, acrescenta a coordenadora Neide Félix.

Eles também assistem à TV, jogam bola, futebol de botão e, alguns, podem fazer passeios fora, acompanhados por educadores. Semana passada, cinco visitaram o zoológico. “Um deles me garantiu: ‘Tia, pode deixar que eu não vou fugir, tá?’”, lembra Neide.

Ainda sofrendo os efeitos da abstinência (que segundo a médica duram até quatro semanas) e da medicação, eles dormem muito. Durante a visita do Metro Rio, apenas L. e mais um (agitado, que não quis conversar) estavam acordados. Um dos motivos que faz a medida encontrar resistência.

Chefe do setor de Dependência Química da Santa Casa, a psiquiatra Analice Gigliotti acredita que a internação deve ser acompanhada de iniciativas que garantam adesão ao tratamento. “É preciso oferecer alternativa mais gostosa do que o crack e a rua”, diz ela, defendendo que os abrigos lembrem clubes.

Mas, em duas semanas, ainda é cedo para afirmar se a internação surtirá efeito. “Só daqui a três meses teremos um índice para avaliar se a medida é eficaz”, estima Bethlem. Alguns, como L., vislumbram futuro. “Quero voltar para casa, criar meu filho, me alistar no Exército aos 18 anos, comprar casa, carro ou moto”, sonha.


Fonte:http://www.band.com.br/jornalismo